23/02/11
21/01/11
06/01/09
A Importância da Relação Terapêutica
O processo terapêutico é um processo construtivo em que o crescimento provém daquilo que ocorre entre o terapeuta e o paciente.
Todas as orientações psicoterapêuticas concordam que a relação entre o terapeuta e o paciente é essencial para o sucesso terapêutico e muitos autores consideram a qualidade da relação terapêutica o melhor factor de previsão do resultado da terapia.
Uma relação dedicada à “cura” envolve um compromisso dos participantes uns com os outros e, em psicoterapia, terapeuta e paciente estão como que numa dança, tendo que acertar os passos um com o outro. A aliança é, aliás, uma componente fundamental de todas as relações de ajuda.
A relação terapêutica parece formar-se cedo na terapia, provavelmente logo nas primeiras sessões, e os dados indicam que o desenvolvimento de uma relação positiva entre terapeuta e paciente desde o início da terapia pode ser extremamente importante.
A relação terapêutica pode, em si mesma, traduzir-se numa intervenção terapêutica e produzir mudança ao desempenhar, por exemplo, um papel importante como experiência emocional correctiva para o paciente. A experiência de um ambiente seguro e de confiança, facilitado pela disponibilidade, imediaticidade e constância do terapeuta (em que o paciente pode explorar sentimentos e interacções do passado e presente) pode iniciar a mudança. Por outro lado, a relação pode ser “curativa” porque providencia um ambiente no qual comportamentos mais apropriados recebem reforço. A relação terapêutica pode disponibilizar novas oportunidades de aprendizagem. Os pacientes podem aprender como estar numa relação de forma mais eficiente sem se subordinarem aos outros ou sem perderem a sua identidade. A nossa auto-imagem é construída com base naquilo que vemos reflectido das nossas interacções com os outros, pelo que, depois de um certo período de tempo a interagir com um terapeuta aceitante (e empático), os pacientes aprendem a valorizar-se a eles próprios.
Uma boa aliança terapêutica não só possibilita o estabelecimento de um forte laço e de um ambiente de trabalho seguro, “curativos” em si mesmos, como, ao mesmo tempo, facilita a progressão do trabalho terapêutico. O paciente precisa sentir confiança no terapeuta, acreditar no que ele lhe diz e respeitá-lo de forma a comprometer-se e envolver-se nos objectivos e tarefas por ambos acordados.
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